24 de nov. de 2010

Enterocolite Infecciosa


A Doença

A enterocolite pode se apresentar com uma ampla série de sintomas, incluindo diarréia, dor abdominal, urgência, desconforto perianal, incontinência e hemorragia. Esse problema global é responsável por mais e 12.000 mortes por dia entre crianças em países em desenvolvimento e por metade de todas as mortes antes dos cinco anos de idade, em todo o mundo. As infecções bacterianas, tal como a Escherichia coli enterotoxigênica, são freqüentemente responsáveis, mas os patógenos mais comuns variam conforme a idade, nutrição e estado imunológico do hospedeiro, assim como influências ambientais. Por exemplo, as epidemias de cólera são comuns em áreas com saneamento precário, como resultado de medidas públicas de saúde inadequadas, ou como conseqüências de desastres naturais ou guerras. As diarréias pediátricas infecciosa, que podem resultar em desidratação grave e acidose metabólica, são comumente causadas por vírus entéricos. 







Causas

Enterocolite causada pela cólera


O V. cholerae é transmitido principalmente por água potável contaminada. No entanto, pode estar presente em alimentos e causa casos esporádicos da doença associado com frutos do mar na América do Norte. A despeito da diarréia grave, os organismos Vibrio não são invasivos e permanecem no lúmem intestinal. A doença é causada por uma enterotoxina pré-formada, a toxina da cólera, codificada por um fago virulento e liberada pelo organismo Vibrio, mas as proteínas flagelares, que estão envolvidas com a mobilidade e adesão, são necessárias para uma colonização bacteriana eficiente.  A hemaglutina é importante para o destacamento e eliminação bacteriana nas fezes. O adenilato ciclase estimulado, e os aumentos resultantes no AMPc intracelular abrem os reguladores de condutância transmembrana da fibrose cística, CFTR, os quais liberam íons cloreto para o lúmem. Isso causa a secreção de bicarbonato, sódio e água, levando a uma diarréia massiva. Absorção do cloreto e de sódio também é inibida pela AMPc.

Características Clínicas: A maioria dos indivíduos exposto é assintomática ou desenvolve somente diarréia branda. Naqueles com a doença grave, há um início abrupto de diarréia aquosa e vômitos seguidos um período de incubação de 1 a 5 dias. As fezes volumosas assemelham a água de arroz e são, algumas vezes, descritas como tendo odor de peixe. A taxa de diarréia pode alcançar 1 litro por hora, levando à desidratação, hipotensão, câimbras musculares, anúria, choque, perda de consciência e morte. A reidratação oral costuma salvar 99% dos pacientes


Enterocolite por Campylobacter


A maioria das infecções está associada à ingestão de frango cozido inapropriadamente, mas os surtos também podem ser causados por leite não pasteurizado ou água contaminada. A patogenia das infecções por Campylobacter continua sendo pouco compreendida, mas quatro propriedades principais de virulência contribuem: mobilidade, aderência, produção de toxina e invasão.

Características Clínicas: Diarréia aquosa, tanto aguda como em conseqüência de um pródromo semelhante à influenza, é o sintoma primário, e a disenteria se desenvolve em 15% dos pacientes. Os pacientes podem eliminar bactérias por um mês ou mais após a resolução clínica. A terapia com antibiótico geralmente não é necessária


Shigelose


Bacilos gram-negativos que foram inicialmente isolados durante a epidemia Japonesa da diarréia vermelha em 1897. Altamente transmissível pela rota oral-fecal ou por meio de água e alimentos contaminados. A Shigella é resistente ao ambiente acídico hostil do estômago, o que se traduz em uma dose infectiva extremamente baixa. Uma vez no intestino, os organismos são captados pelas células epiteliais “microfold”, que são especializadas nas amostragem e apresentação de antígenos luminais.

Características Clínicas: Após um período de incubação de até 4 dias, a Shigella causa uma doença autolimitada caracterizada por cerca de 6 dias de diarréia, febre e dor abdominal. A diarréia inicialmente aquosa progride para uma fase disentérica em aproximadamente 50% dos pacientes, e os sintomas constitucionais podem persistir por até um mês. O tratamento antibiótico encurta o curso clínico e reduz a duração da eliminação dos organismos nas fezes, mas as medicações antidiarreicas são contraindicados, pois podem prolongar os sintomas e atrasar a eliminação da Shigella.


Salmonelose


Bacilos gram-negativos. A transmissão ocorre geralmente por meio de alimentos contaminados, particularmente carne crua ou mal cozida, aves domésticas, ovos e leite. São necessários pouquíssimas Salmonella viáveis para causar uma infecção.  As bactérias possuem gentes que são capazes de transferir proteínas bacterianas para célula M e enterocitos.

Características Clínicas: as infecções por Salmonella são clinicamente indistinguíveis daquelas causadas por outro patógenos entéricos, e os sintomas variam desde fezes moles e diarréia profusa semelhante à cólera até disenteria. A febre geralmente se resolve em dois dias, mas a diarréia pode persistir por uma semana e os organismos podem ser eliminados nas fezes por diversas semanas após a resolução. A terapia antibiótica não é recomendada na maioria dos casos, porque pode prolongar o estado de portador ou mesmo causar uma reincidência, além de não diminuir a duração da diarréia


Febre Tifoide


Causada pelas Salmonella tiphi e Salmonella paratyphi. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa ou por meio de água ou alimentos contaminados. As S. tiphi são capazes de sobreviver no ácido gástrico e, uma vez no intestino delgado, são captadas pelas células M e as invadem. Os organismos são então ingeridos pelas células mononucleares no tecido linfóide subjacente.

Características Clínicas: os pacientes experimentam anorexia, dor abdominal, inchaço, náusea, vômitos e diarréia sanguínea seguidos por uma curta fase assintomática que abre caminho para bacteremia e febre, com sintomas semelhantes à gripe. Durante a fase febril, pode incitar tratamento com antibióticos e evitar a progressão futura da doença.  Em pacientes não tratados, a fase febril é seguida por mais de 2 semanas de febres altas sustentadas e sensibilidade abdominal que podem mimetizar apendicite. Manchas róseas, pequenas lesões maculopapulares eritematosas, são vistas no peito e abdome. Os sintomas diminuem após várias semanas naqueles que sobrevivem, embora possam acontecer reincidências.


Yersinia


Três espécies de Yersina são patógenos humanos. São mais comuns na Europa do que na América do Norte e estão mais freqüentemente ligadas à ingestão de porco, leite cru e água contaminada. As infecções tendem a se agrupar no inverno, possivelmente correlacionadas a alimentos cozidos inadequadamente servidos nas comemorações dos feriados. Elas preferencialmente envolvem o íleo, o apêndice e o cólon direito. Os organismos se multiplicam extracelularmente no tecido linfóide, resultando em hiperplasia do linfonodo e da placa de Peyer regional e espessamente da parede do intestino. A mucosa que recobre o tecido linfóide pode ser tornar hemorrágica, e úlceras com aparência aftosa podem se desenvolver, juntamente com infiltrados de neutrófilos e ganulomas, aumentando o potencial para confusão diagnóstica com a doença de Crohn.

Características Clínicas: As pessoas infectadas com Yersinia geralmente apresentam dor abdominal, mas febre e diarréia também podem ocorrer. Náuseas, vômitos e sensibilidade abdominal são comuns, e a invasão de placa de Peyer com o subseqüente envolvimento dos linfáticos regionais pode mimetizar uma apendicite aguda em adolescentes e jovens. A Yersinia pode ser detectada nas culturas de fezes em ágar seletivo.


Eschericha Coli


São baciolos gram-negativos que colonizam o trato GI saudável; a maioria não é patógena, mas um subgrupo causa doenças humanas.

Os organismos E. coli êntrerotoxigênica (ETEC) são a principal causa da diarréia dos viajantes e se espalha por alimentos e água contaminados. Os sintomas clínicos incluem diarréia secretória, não inflamatória, desidratação e, em casos graves, choque.

As E. coli êntero-hemorrágicas (EHECs) são classificadas em dois sorotipos. Os grandes surtos de E. coli 0157:H7 nos países desenvolvidos têm sido associados ao consumo de carne moída inadequadamente cozida, algumas vezes de estabelecimentos de fast-fod. Leite e vegetais infectados também são veículos para a infecção. As linhagens 0157:H7 de EHEC são mais suscetíveis do que os sorotipos não 0157:H7 de causar grandes diarréias sanguinolentas e síndrome hemolítica-urêmica.

Os organismos EAECs (E. coli Enteroagregativas) são reconhecidos como causa de diarréias em crianças e adultos tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. Causam uma diarréia não sanguinolenta que pode ser prolongada em indivíduos com a síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS)


Colite Psedomembranosa


A colite pseudomembranosa, geralmente causa pela Clostridium difficile, também é conhecida como colite associada a antibióticos ou diarréia associada a antibióticos. Os últimos termos se aplicam à diarréia que se desenvolve durante ou após o curso de um terapia com antibióticos. É provável que o rompimento da flora microbiana normal pode antibióticos permita que o C. difficile cresça em excesso. Embora quase todos os antibióticos possam ser responsáveis.

Características Clínicas: Os fatores de risco para a colite associada ao C. difficile incluem idade avançada, hospitalização e tratamento antibiótico.  Indivíduos com colite associado ao C. difficileC. difficile, assim como doença recorrente, são cada vez mais comum. apresentam febre, leucocitose, dor abdominal, cólicas, hipoalbuminemia, diarréia aquosa e desidratação. Leucócitos e sangue oculto nas fezes podem estar presentes, mas uma diarréia visivelmente sanguinolenta é rara. O metranidazol ou a vancomicina são geralmente efetivos nas terapias, mas linhagens resistentes a antibióticos ou hipervirulentas de


Doença de Whipple


A doença de Whipple é uma doença crônica, multivisceral e rara, descrita primeiramente como uma lipodistrofia intestinal em 1907, por George Hoyt Whipple. O relato do caso original de Whipple descreveu um indivíduo com má absorção, linfadenopatia e artrite de origem indefinida. O exame pós-morte demostrou a presença de macrófagos espumosos e um grande número de bastões argirofílicos nos linfonodos, fornecendo evidencias de que a doença era infecciosa. Os actinomicetos gram-positivos, chamados de Tropheryma whippelii, responsáveis pela doença, foram identificados por PCR em 1992 e finalmente cultivados em 2000.  os sintomas clínicos ocorrem porque os macrófagos carregados de organismos se acumulam na lâmina própria do intestino delgado e nos linfonodos mesentéricos, causando obstrução linfática. Logo a diarréia linfática da doença de Whipple é decorrente do transporte linfático prejudicado.

Características clínicas: tríade de diarréia, perda de peso e má absorção. Os sintomas extraintestinais, que podem persistir por meses ou anos antes da má absorção, incluem artrite, artralgia, febre, linfademopatia e doença neurológica, cardíaca ou pulmonar.



Referência Bibliográfica


ROBBINS, S. L & COTRAM, R. S. Bases Patológicas das Doenças. Tradução de Fernades. P.D et al. Rio de Janeiro: Elsevier. 2010.


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22 de nov. de 2010

Custo da Erosão do Solo

Apresentação da Obra



CUSTOS DA EROSÃO DO SOLO

Apresentação Oral-Agropecuária, Meio-Ambiente, e Desenvolvimento Sustentável

TIAGO SANTOS TELLES; MARIA DE FÁTIMA GUIMARÃES.

UEL, LONDRINA - PR - BRASIL.








Resumo da obra



Ao Brasil pertencem cerca de 20% dos solos agricultáveis do mundo (BATISTA FILHO, 2007), um recurso estratégico, não renovável, de alta importância social, econômica e ambiental. Entretanto, a produção agrícola causa vários impactos ao meio, o que representa custos para os indivíduos e para a sociedade. Entre eles, pode-se citar a

degradação de solos, uma das consequências da utilização de métodos inadequados de plantio e manejo (GARCIA et al., 2005). Isto ocorre, principalmente, porque o modelo agrícola brasileiro, baseado na eficiência econômica, visa ganhos indiscriminados de produção (RODRIGUES, 2001).


O manejo inadequado do solo o expõe a fatores intempéricos, induzindo à destruição gradativa de suas propriedades físicas, químicas e biológicas, bem como ao risco de erosão (CASSOL & LIMA, 2003). Além disso, práticas agrícolas inadequadas contribuem para a baixa produtividade agrícola (BERTONI & LOMBARDI NETO, 1999).



A erosão hídrica, principal forma de degradação dos solos no Brasil, é resultante da ação conjunta do impacto das gotas de chuva e da enxurrada que, além de partículas de

solo em suspensão, transporta nutrientes, matéria orgânica e defensivos agrícolas, causando prejuízos à atividade agrícola (BERTOL et al., 2007). A integração desses fatores contribui para o declínio acentuado da produtividade do solo, pelo surgimento de

condições que impedem ou retardam o desenvolvimento normal das plantas.

As perdas de solo por erosão tendem a aumentar, em médio e longo prazos, os custos de produção, pois demandam cada vez mais corretivos e fertilizantes, reduzem o rendimento operacional das máquinas, inserindo dispêndios de práticas para controlá-las

(BERTONI & LOMBARDI NETO, 1999). Esse conjunto de fatores resulta em redução do potencial produtivo deste solo, significando, em última análise, menor valor da terra.

A erosão não é somente um fenômeno físico, mas também um problema social e

econômico. Resulta, fundamentalmente, de uma inadequada relação entre o solo e o homem (PIMENTEL, 1997). Isso porque, o processo acelerado de erosão ocorre quando há alteração do equilíbrio natural entre a perda e a recuperação do solo, potencializando prejuízos, inclusive monetários (BENNETT, 1929). Os custos on-site, por ocorrerem no interior da unidade produtiva, geram um custo direto ao produtor e indireto à sociedade, que podem se ver, no futuro, sem o recurso natural (solo) necessário para a produção de alimentos. E os custos off-site vão gerar externalidades, em relação à propriedade agrícola, que irão incidir diretamente em custos sociais e ambientais.

No caso do Brasil, a avaliação econômica dos danos causados pela erosão à atividade agrícola restringe-se à quantidade física e monetária do volume de solo levado, juntamente com o equivalente-fertilizante, que se referem aos nutrientes contidos no solo carreado.

Marques et al. (1961) se confirmaram como os primeiros pesquisadores a realizar estudos empíricos relacionando perdas geradas pelo processo erosivo a custos econômicos, no país. Como já foi destacado, existem vários efeitos externos associados ao processo de erosão, sendo o mais significativo o assoreamento dos recursos hídricos. O processo de assoreamento reduz a disposição de recursos hídricos para outros agentes econômicos que compartilham do mesmo recurso ambiental. Dessa forma, o processo de erosão causa, indiretamente, por exemplo, o aumento no custo de geração de energia elétrica, o aumento no custo da captação de água para o abastecimento urbano e pode reduzir a disposição de recursos hídricos para regiões que necessitam de projetos de irrigação.

Cerca de 1,5 bilhões de hectares (aproximadamente 10% da superfície terrestre) já

foram irreversivelmente degradados pelo processo de erosão. Além disso, a produtividade agrícola brasileira, de aproximadamente 20 milhões de t ha ano-1, pode ser reduzida a zero ou tornar-se economicamente inviável devido à erosão ou degradação induzida pela erosão (ROSA, 2000).

A partir das perdas de nutrientes, Colacicco et al. (1989) estimaram prejuízos para

o produtor, da ordem de US$0,06 a US$0,37 por tonelada de grãos. Nesta mesma linha, Crosson (1995) estimou valores totais para as perdas de nutrientes, da ordem de US$105 milhões para os Estados Unidos; Cavalcanti (1995), de US$ 1,4 bilhão no Vale do Rio São Francisco; Castro e Valério Filho (1997), de US$ 1,7 bilhão no Estado de São Paulo, contabilizando-se os custos dos nutrientes perdidos pela erosão do solo. Somente no Estado do Paraná, com seis milhões de hectares de área agrícola, o prejuízo por perdas de nutrientes devido à erosão é da ordem de 121 milhões de dólares por ano (DERPSCH et al., 1991). Com base em parâmetros obtidos na literatura e nas perdas de solo, Bahia et al. (1992) estimaram que o prejuízo com as perdas de nutrientes no Brasil é da ordem de 4 bilhões de dólares.


Para a valoração econômica do processo erosivo, normalmente, é utilizado o método custo-reposição (efeitos internos e efeitos externos). O método do custo de reposição (MCR) está baseado na reparação de algum dano aos recursos naturais, podendo ser entendido como uma medida do seu benefício (RODRIGUES, 2005).

Para se realizar a valoração econômica dos efeitos do processo de erosão/sedimentação é necessária uma compreensão prévia dos impactos ambientais causados pelo agente degradante. O processo de erosão dos solos tem basicamente dois tipos de efeitos: internos e externos. Os efeitos internos estão ligados à perda da eficiência da produção agrícola associada ao processo erosivo. Nesse sentido, esses prejuízos são absorvidos pelos próprios produtores rurais, aumentando assim seus custos de produção no médio e longo prazo (GUNTERMANN, 1975). Já os efeitos externos são absorvidos por outros agentes econômicos que sofrem fundamentalmente com o processo, por exemplo, aqueles associados ao assoreamento dos recursos hídricos, sendo que estas perdas não estão incluídas nos custos privados do produtor/degradador (MARQUES, 1998).

Desta forma, os custos internos do processo de erosão deverão ser calculados utilizando-se as perdas de solo por cultura, transformadas em perdas de nutrientes, conforme a composição do solo. Considera-se que toda a perda de terra representa também correspondente perda de nutrientes. Tem-se, assim, a seguinte equação de determinação dos custos internos (adaptada de Pimentel, 1995):


CUSTOS INTERNOS = Σ Qn (Pn) + Ca + (Pp • Qp), onde:


Σ QN = diferentes fertilizantes carreados pela erosão (tonelada);

PN = preço dos fertilizantes ($);

CA = custo de aplicação dos fertilizantes ($);

PP = preço da produção agrícola ($);

QP = redução da produtividade de longo prazo em virtude da erosão (tonelada/ha).


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Interações Ecológicas



Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema encontram-se várias formas de interações entre os seres vivos que as formam, denominadas relações ecológicas ou interações biológicas. Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos mantêm entre si. Algumas dessas interações se caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos, ou de apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações são denominadas harmônicas ou positivas.

Outras formas de interações são caracterizadas pelo prejuízo de um de seus participantes em benefício do outro. Esses tipos de relações recebem o nome de desarmônicas ou negativas.

Tanto as relações harmônicas como as desarmônicas podem ocorrer entre indivíduos da mesma espécie e indivíduos de espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre organismos da mesma espécie, são denominadas relações intra-específicas ou homotípicas. Quando as relações acontecem entre organismos de espécies diferentes, recebem o nome de interespecíficas ou heterotípicas.

Relações intra-específicas harmônicas:

     Sociedades: união permanente entre indivíduos da mesma espécie em que há divisão de trabalho.

     Colônias: união anatômica entre indivíduos da mesma espécie, formando uma unidade estrutural e funcional
.
Relações harmônicas inter-específicas

     Mutualismo: é uma relação em que os  participantes se beneficiam e mantêm  relações de dependência.

     Protocooperação: os participantes se  beneficiam por estarem juntos, mas  podem viver independentemente, sem a necessidade de se unir. Suas  relações não são obrigatórias.

     Comensalismo: apenas um dos participantes se beneficia, sem, no entanto, causar nenhum prejuízo ao outro.

     Inquilinismo: apenas um dos participantes se beneficia,sem causar prejuízo ao outro. A razão da associação é, frequentemente, proteção

     Mimetismo: evolução de uma semelhança a algum item não-comestível ou não-palatável.



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