25 de ago. de 2017

WEB 2.0 e seu potencial para a educação


7º Encontro:


TEMA: OFICINA PARA ELABORAÇÃO DE MÍDIAS INTERATIVAS
Encontro realizado dia 24/06/2017

Encontro realizado no laboratório de informática da Pedagogia no campus xxxxx da xxxx e ministrado pelas docentes: Fernanda xxxxxxxxx e Keitiuce xxxxxxxxxxxxxx, teve como base o texto:

“WEB 2.0 e seu potencial para a educação”





https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf1pp0wdvUGqhZzCxv1Bj7EKNIvvxnM4Wzu4L0Ep5CQlpoYWT0olSQyTzG60Cogzr55jXKtqfgH7BgBA2dgI7zAQn-brY7xUqyAayvmu4m6Z0jR7w6zVl1eJJOizPC08d8y4i94gF_Op0n/s1600/web.jpg


O início da aula se deu com lâminas de power point, tecendo comentários sobre o texto.

O termo Web 2.0 foi cunhado em 2003 pela O’Reilly Media e deu origem, a partir de 2004. O termo representa um marco na modernização e utilização da rede pelos usuários e empresas.

Nos primórdios da Internet, procurava-se explorar, tanto técnica como financeiramente, todas as oportunidades oferecidas pela rede mundial. Com sua natural maturidade, a Internet avançou de modelos técnicos e econômicos fracassados para uma web de valor mais significativo para o usuário.

A evolução foi tão grande, aproveitando recursos tecnológicos atualmente disponíveis, que permitiu a criação de aplicativos extremamente parecidos com aqueles que rodam em nossos computadores pessoais, sem a necessidade de nenhuma instalação adicional. Ou seja, a web 2.0 está próxima de ser um verdadeiro Sistema Operacional.

Portanto, essa nova Internet reflete uma mudança significativa dos hábitos dos usuários, a ponto de vários especialistas considerarem a Web 2.0 uma revolução. No entanto, para outros a Web 2.0 não deixa de ser uma mera evolução, pelo fato de não mudar estruturalmente a rede mundial, mas apenas interagir vários recursos e ferramentas já existentes na web, agregando valor para o internauta padrão de uma forma bastante inteligente.

Esses recursos permitem, por exemplo, que qualquer usuário trabalhe com o mesmo material, e com vários usuários simultaneamente, em qualquer lugar do mundo. Ou seja, o browser fica sendo a nova plataforma de trabalho dos usuários em dia com a tecnologia. Em qualquer lugar do mundo, sem carregar pen drives, CDs ou mesmo DVDs, pode-se acessar os arquivos pessoais tendo simplesmente um ponto de acesso à Internet.

Outro elemento que viabilizou a Web 2.0 foi a banda larga, com suas conexões cada vez mais rápidas. Já estão disponíveis vários e diversos serviços, ou aplicativos, gratuitamente na Internet (editores de textos, planilhas de cálculos, apresentações, editores de fotos, etc), desenvolvidas com tecnologias de programação cada vez mais potentes, como AJAX, que possibilitam ao usuário navegar na Internet como se fosse o seu aplicativo preferido no desktop, sem o incômodo do refresh de tela.

Para Clay Shirky, estudiosos dos efeitos sociais e econômicos dessas novas tecnologias, antes da internet as diferenças na comunicação entre comunidade e audiência eram fundamentalmente determinada pela mídia - telefones funcionavam bem para conversas um-para-um, mas não funcionavam para atingir rapidamente um grande número de pessoas, enquanto a TV possuía o conjunto de características inversas. A internet pôs fim a essa divisão, oferecendo um veículo único que podia ser utilizado tanto para falar com comunidades quanto com audiências. Ou seja, do modelo um-para-um, pulamos para um-para-muitos, e atualmente estamos vivenciando o muitos-para-muitos, todos podendo interagir com todos.

No início, a informática tinha elementos fundamentais como o hardware e o software. Com a criação da Web 2.0 temos um novo conceito, a webware, definida pela própia Wikipédia como a segunda geração de serviços e aplicativos da Internet, que permite maior interação com o usuário e semelhança com aplicações desktop, para atender de forma mais abrangente o peopleware (usuários que utilizam diretamente ou indiretamente a computação) através da Inteligência Coletiva.

“Usos Pedagógicos da Web 2.0”

As tecnologias da web estão redesenhando a educação, criando novas e interessantes oportunidades de ensino e aprendizagem, mais personalizadas, sociais e flexíveis, apesar de muitas delas não terem sido produzidas especificamente para o e-learning.

Pode se dizer que o e-learning, que utiliza de ambientes virtuais de aprendizagem, está mais centrado nas necessidades da instituição do ue do aprendiz individual. Já o que se pode batizar de e-learning 2.0 utiliza-se intensamente das novas tecnologias da web. Temos a Web 2.0, portanto um nicho promissor para a EaD. E já é possível inclusive falar em EaD 3.0

EaD 1.0
EaD 2.0
EaD 3.0
Comunicação Unilateral
Interação
Ambientes Virtuais (SL)
Fordismo
Internet (NTIC)
Sloodle
Correio
Web 2.0
Neofrodismo
Televisão
LMS (Moodle)
Tecnopedagogia
Rádio
Pós-fordismo
Web 3.0

A Web 2.0 pode ser definida em função da comunicação em duas direções, colaboração e ler/escrever, e a EaD é um lugar ideal para utilizar essas tecnologias. Nesse sentido, na Web 2.0, o usuário/estudante não é mais pensando apenas como recipiente passivo, mas simultaneamente como produtor e desenvolvedor de conteúdo. Para a EaD, isso significou que o aluno passa também a ser, além de leitor, autor e produtor de material didático, e inclusive editor e colaborador, para uma audiência que ultrapassa os limites da sala de aula, ou mesmo do ambiente de aprendizagem.

Os novos tempos nos mostram que existem muitas oportunidades para mudanças no processo pedagógico, no entanto a academia tem sido conservadora e lenta para se adaptar a essas ferramentas e tecnologias. Não há mais necessidade sala de aulas quadradas, com carteiras quadradas e quadro-negro quadrado, apesar de muitos ambientes de aprendizagem virtual tentarem copiar o modelo da sala de aula.

Os alunos hoje têm um conjunto de aplicativos web em suas mãos que podem verdadeiramente facilitar e revolucionar seu aprendizado. Como educadores, entretanto, temos a função de assumir a responsabilidade de explorar a área tecnopedagógica para construir o material para os alunos, e não simplesmente lançá-lo e deixar que se percam numa confusão de dados, ferramentas e tecnologias.

O desenvolvimento da Web 2.0 aponta, como vimos para a migração dos softwares dos PCs para a web, e nesse sentido o professor e o aluno precisam também tornar-se proficientes no uso desses recursos disponíveis on-line. Ou seja, nossos computadores estão migrando para a web, e os professores, alunos e instituições precisam entrar nesse novo mundo.

Abaixo estão listados algumas ferramentas gratuitas disponibilizadas na internet, com elas você será capaz de montar sua própria caixa de ferramentas de forma tanto renovadora quanto inovadora. Mas ela precisa ser reorganizada periodicamente, em função das novidades que surgem a todo momento.

  • LMS 2.0;
    • Ferramentas de ambientes de aprendizagem, como: Digication, Nuvvo, Haik, Moodle, Blackboard, etc.
  • E-mails;
    • Forma de comunicação essencial em qualquer curso EaD ou presencial.
  • Mensagem instantânea e VoIP;
    • Aplicativos que permitem troca instantânea de mensagens, comunicação telefônica e audioconferência, como o Skype;
  • Buscadores e pesquisa (Google, Bing, etc);
    • São os oráculos dos tempos modernos, o problema aqui é aprender a filtrar as informações.
    • Para informações acadêmicas temos o Scielo, o banco de Teses USP, o Portal Brasileiro da Informação Científica com o banco de teses CAPES e sites de bibliotecas, como o Deadalus/USP. No site da Biblioteca Nacional, embora desatualizado, você pode encontrar tudo que foi publicado no Brasil, e não apenas livros;
    • Informações acadêmicas em inglês: California Digital Library, Internet Movie Database, Library Spot, Literature Collections, OCLC, Stanford Encyclopedia of Philosophy, Science Direct e Web of Science.
  • On-line office (Google Docs, Office on-line, Zoho, Think Free, etc);
    • Suítes de escritório que funciona inteiramente no navegador
  • Corretores, dicionários e tradutores;
    • A disponibilidade dessas ferramentas on-line e de graça é também uma das grandes contribuições da web para a educação. (Google Translate, Ajax Trans, Wikipédia, BabelFish).
  • Blogs;
    • A origem da palavra blog vem da expressão “web log”, ou seja, literalmente, diário de bordo na rede. As pessoas começaram, então, a escrever a expressão de forma especia, “we blog”, no sentido de “nós blogamos”, e no final o “we” morreu.
    • Um blog pode ser pessoal, propondo questões, publicando trabalhos em produção, e registrando links e comentários para outra fontes da eb. Mas um blog não precisa ser apenas individual - ele pode misturar diferentes vozes, incluindo colegas, professores ou especialistas.
    • O blog tem se transformado em alto tão profissional e popular que já existe a profissão blogueiro. Alguns serviços que possibilitam a produção de um blog são: Wordpress, Blogger, Bloglines, Tumblr, etc.
  • Wikis;
    • O wiki é um software colaborativo que permite a edição coletiva dos documentos de uma maneira simples. Em geral, não é necessário registro, e todos os usuários podem incluir, alterar ou até mesmo excluir textos, sem que haja revisão antes de as modificações serem aceitas.
  • Compartilhamento de arquivos;
    • Muitas plataformas, também gratuitas, como Megaupload, Dropbox, One Drive, Google Drive, 4shared, etc, permitem hoje que seja feito rápida e facilmente upload e armazenamento de arquivos na Net, dos quais o próprio usuário, ou outros, podem posteriormente fazer download.
  • Redes Sociais e colaboração;
    • O potencial pedagógico das redes de relacionamento, uma das marcas da Web 2.0, é imenso. Elas possibilitam o estudo em grupo, oferecendo mecanismos para comunicação com outros usuários, tais como fóruns, chats, e-mail, recados ou mensagens instantâneas. Possibilitam também identificar pessoas que possuem interesses similares aos nossos e, assim, criar uma rede de aprendizado;
    • O Elgg é também voltado para a educação, oferecendo a cada alunos seu próprio blog, seu repositório de arquivos, um profile on-line e um leitor de RSS.
  • RSS e leitores feeds;
    • Leitores de RSS permitem que o aluno ou professor selecionem as fontes de notícias e informações que desejam ler, e passem então a recebê-las automaticamente. Pode-se, por exemplo, selecionar uma variedade de fontes para uma disciplina, que possam reproduzir automaticamente, e então podem ser lidas e comentadas dinamicamente pelos alunos durante o semestre.
    • Google Reader, MyYahoo, Bloglines, FeedReader, Newshutch, etc.
  • Mashups;
    • Alguns softwares, como o iGoogle, o Netvibes e o Pageflakes,congregam muitos dos recursos das ferramentas já comentadas, por isso foram chamadas de mashups. Mash, em inglês, significa misturar.
  • Notícias;
    • Vários aplicativos disponíveis na Web 2.0 permitem que o professor e os alunos se transformem em jornalistas, criando jornais, brochuras, etc. Podem ser citados o Digg, o Reddit e o ReadWrite Think Printing Press.
  • Imagens criação e edição (Flickr, Fauxto, Snipshot);
    • Oferece recursos valiosos para alunos e professores que procuram imagens para usar em apresentações, materiais de estudo e atividades.
  • Áudio e podcasting (AOL Music, eMusic, iJiggs, Pandora, Zune, Last.fm etc);
    • A web é multimídia e o som é assim, naturalmente, um de seus elementos essenciais. E o som desempenha, também, um papel primordial em educação.
  • Vídeos e televisão (YouTube):
    • Banco de dados de diversas aulas e possibilidade dos alunos mostrarem seus trabalhos para um público externo.
  • Videoconferências (FlashMetting, KMi, Skype):
    • É importante ainda lembrar que áudio e videoconferências, que teriam se tornado obsoletos em EaD com o surgimento da Internet, podem agora ser recuperados, por todas essas facilidades que a Web 2.0 nos oferece.
  • Social bookmarking (del.icio, Furl, Ma.gnolia, Blinklist, Clipmarks, Web-Chops, i-Lighere, Wizlite, etc):
    • Ferramentas de controle social de favoritos.
  • Widgets (Google Gadgets, Widgetbox, Clearspring, etc);
    • No início, os widgets serviam simplesmente para oferecer uma versão em miniatura de determinado conteúdo, fora de um site principal. Hoje, eles se tornaram uma poderosa ferramenta social e de marketing para as empresas, servindo de chamariz para acesso a mais páginas.
  • Mapas mentais:
    • Maneira de organizar as suas notas e colocar o seu pensamento em ordem.



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